Sempre pinta por aqui alguma pergunta sobre voos e aeroportos, como qual a diferença entre escala e conexão, ou o que é codeshare, essas coisas assim.
Vim responder as perguntas mais comuns, mas se você tiver qualquer outra dúvida sobre o assunto é só mandar que eu atualizo o post com a resposta.
Tabela de conteúdos
Qual a diferença entre escala e conexão?
É comum usar as palavras escala e conexão como se fossem a mesma coisa, mas na aviação elas possuem significados completamente diferentes.
Escala é quando o avião faz uma parada programada, geralmente para abastecimento, antes de chegar ao seu destino final. Nesse caso, é é possível que aconteça o embarque ou desembarque de eventuais passageiros.
Já a conexão é uma baldeação necessária para que o passageiro consiga chegar ao seu destino final independente da rota daquela aeronave.
Durante uma conexão, o passageiro é considerado “em trânsito” e não é necessário fazer um novo check-in, procedimento de segurança ou despacho de bagagem (exceto no caso de conexão internacional).
Claro que, se o intervalo entre voos for grande, é possível sair da área de trânsito e até mesmo do aeroporto – certifique-se apenas de que você terá tempo para passar novamente pela segurança/imigração novamente.
Lembre-se que muitas vezes é necessário um visto de turismo ou até mesmo de trânsito para passageiros em conexão, confira se é o seu caso.
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Por que marcar voos com conexões maiores?
Em uma viagem internacional é comum ter uma grande oferta de conexões concentradas na parte da manhã e no fim da tarde.
Isso acontece porque companhias aéreas tendem a concentrar desembarques internacionais em horários muito próximos no início da manhã e no final da tarde já pensando em atender a demanda de conexões para quem precisa seguir viagem.
Um CRS ou GDS, sistemas que permitem reservar assentos em viagens internacionais, entendem que uma hora é o suficiente para um passageiro qualquer chegar em Miami e embarcar para Nova York, mas na prática isso nem sempre é possível.
Isso tende a dar errado porque, mesmo que matematicamente uma hora seja o bastante, na prática existem filas, processos de imigração, alfândega e segurança.
Por isso, sempre opte por conexões com mais de uma hora.
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O que é stopover?
Stopover é uma conexão mais longa do que o normal, é uma oportunidade do passageiro fazer turismo no destino onde ele teria apenas o tempo de uma conexão na área de segurança ou embarque do aeroporto.
Diferente de uma conexão comum, no stopover o passageiro tem acesso a bagagem que foi despachada no aeroporto de origem e volta, no dia marcado, para completar a viagem inicial.
Stopover são serviços oferecidos pelas companhias aéreas quando as conexões duram mais de 24 horas. Informe-se antes se é possível fazer o pitstop desejado e se ele é ou não gratuito (stopovers geralmente são ações promocionais claramente anunciadas).
Lembrando que stopover só são oferecidos em aeroportos onde a companhia aérea possui base.
O que são voos red eye?
Também chamados de corujão no Brasil, voos red eye são voos realizados entre meia-noite e cinco da manhã.
Esses voos não são nem curtos e nem suficientemente longos ao ponto de fazê-lo dormir o tempo necessário para descansar – e por isso o nome, “olhos vermelhos”.
Voos red eye são bons para quem não pode perder a primeira parte do dia por ter uma reunião ou compromisso de trabalho muito cedo e não pode ou não deseja dormir a noite anterior fora de casa.
Voos em horários terríveis possibilitam uma utilização mais ampla de determinada aeronave e de equipes ociosas de bordo, além de diminuir a tarifa para conquistar novos públicos e permitir a conexão de passageiros em voos no início da manhã.
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O que é codeshare?
Codeshare, ou code sharing, é uma possibilidade oferecida por companhias aéreas que se unem em alianças para vender assentos seus em voos e terceiros.
Assim, uma mão lava a outra: empresas evitam que aviões levantem voo com assentos livres e oferecem novas possibilidades para seus clientes, aumentando sua gama de destinos, assentos e horários.
“Code”, aqui, são aquelas duas letras iniciais que marcam o chamado “número do vôo”:
- XX123 é o vôo 123 da companhia XX;
- A companhia YY, através de seus acordos e alianças, vende assentos no voo XX123 como sendo YY456;
- Assim, mesmo sendo um cliente YY, é possível voar XX sem deixar de ser YY (e sem deixar de acumular milhas YY).
A companhia aérea que oferece a aeronave, o trecho e a tripulação é chamada de “operating carrier”.
Quem vende aquele trecho com outro nome é chamada de “marketing carrier” ou “validating carrier”.
Com isso, caso o passageiro faça alguma conexão com qualquer uma das duas ou mais companhias envolvidas, todas elas dividem responsabilidades e privilégios, como as regras de bagagem, pontuação em programa de fidelidade e retenção de voo caso ocorra atraso ou cancelamento do primeiro.
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É possível dormir em um aeroporto?
Sim, é possível, principalmente quem curte a ideia de economizar em hotel e tem um voo tarde da noite ou no início da manhã.
Para quem se interessa pelo assunto, existe um manual virtual tão grande quanto o nome: The Budget Traveller’s Guide to Sleep in Airports.
Esse site traz milhares de comentários com os prós e contras de quem está acostumado a dormir em aeroportos de todo o mundo.
Entre os dez mais gostosos e confortáveis aeroportos, os três primeiros estão na Ásia: Changi Airport (em Singapura), Incheon International Airport (em Seul) e Hong Kong International Airport.
O primeiro aeroporto europeu vem em quarto lugar, o Schiphol de Amsterdã.
O único país a emplacar dois aeroportos na lista é a Alemanha com os aeroportos de Munich e Frankfurt na sexta e oitava posição, respectivamente.
Na lista negra da dor de coluna entram Charles de Gaulle de Paris, Delhi India Gandhi, Fiumicino em Roma, Heathrow em Londres, JFK em Nova York e Hahn em Frankfurt.
O interessante é que além ranking você acessa também as principais dicas para quem precisa se aventurar em um aeroporto ou para quem faz disso uma forma de hospedagem.
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