Sou completamente apaixonado por essa região quem tem não só a Memorial Plaza, mas outras atrações muito próximas que fazem do sul da ilha de Manhattan um programão!

Antes eu era um careta e dizia que o One World Trade Center jamais teria o borogodó necessário para se transformar em um novo marco turístico.

Bem, o tempo mostrou que eu estava redondamente enganado!

E não só porque o prédio é lindo, mas porque ele se tornou apenas um ponto de algo muito maior que atrai milhares de turistas todos os anos: a Memorial Plaza e o 9/11 Memorial Museum.

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Os prédios ao redor de uma das piscinas

Memorial Plaza em Nova York

A Memorial Plaza foi inaugurada no dia 11 de setembro de 2011, exatamente dez anos depois dos atentados às Torres Gêmeas.

Hoje, só a Memorial Plaza ocupa quase metade do espaço que antes pertencia ao antigo complexo World Trade Center.

Não sei se você se lembra, mas a Memorial Plaza foi criada depois de um concurso internacional que contou com mais de cinco mil projetos enviados por pessoas de mais de sessenta países.

O projeto vencedor, do arquiteto israelita Michael Arad, propunha a construção de duas piscinas com cascatas contínuas cercadas por parapeitos de bronze com os nomes de todas as vítimas do atentado.

Ao redor das piscinas, quatrocentos carvalhos-brancos foram plantados, um museu foi construído e o maior prédio de Nova York ficou pronto, o One World Trade Center.

Memorial Plaza vista de cima (Jin S. Lee)

O que fazer na Memorial Plaza

Existem três pontos de acesso gratuito na Memorial Plaza: as piscinas, chamadas de piscina norte e piscina sul, uma árvore centenária que sobreviveu aos atentados e um memorial dedicado as pessoas mortas em decorrência da inalação de poeira.

De maneira geral, a gente passeia pela Memorial Plaza como se passeia por uma praça qualquer, mas existem alguns fatores que a diferenciam de outras praças e parques da cidade.

O primeiro é que apesar dos ares de parque público, a Memorial Plaza ainda é um memorial em homenagem as vítimas de um dos maiores atentados de todos os tempos, então é de se esperar um certo decoro de quem está ali.

Outra coisa que você irá notar é que esse é o parque mais bem vigiado do país, onde não existem sequer lixeiras próximas, justamente para se resguardar de qualquer ação de mal-intencionados.

Por último, Memorial Plaza é um parque com duas famosíssimas atrações na cidade: o observatório e o museu.

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Um pedacinho do One World Trade Center

Piscinas na Memorial Plaza

As piscinas ocupam os mesmos locais onde antes ficavam as torres norte e sul do World Trade Center.

Eu não sabia, mas essa queda d’água continua proposta por elas são, na verdade, as maiores cascatas artificiais dos Estados Unidos!

São quase dez metros de queda d’água, depois uma segunda de mais seis metros antes da água escorrer por um espaço no centro que faz com que ela não se acumule ali.

Ao redor de ambas as piscinas ficam entalhados em parapeitos de bronze os 2.983 nomes das pessoas mortas no atentados de 2001 e de 1993:

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As pessoas colocam rosas nos nomes dos seus amigos e parentes
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As piscinas são enormes e ficam bem próximas

Survivor Tree na Memorial Plaza

Mais de quatrocentos cascalhos-brancos foram plantadas ali e transformaram a Memorial Plaza em um oásis verde protegido do sol.

Só que, entre tantas árvores lindas e parecidas, uma é especial: a Survivor Tree, uma “callery pear” típica do estado do Vermont.

Um mês depois dos atentados que destruiram as torres, a equipe de buscas encontrou uma árvore que, apesar de danifica, permanecia com a raiz intacta.

Ela foi transferida para uma instalação da New York City Parks and Recreation Department onde ficou por anos até voltar em perfeito estado para o replantio durante a cerimônia de inauguração.

Para encontrar a Survivor Tree, próxima da piscina sul, basta perguntar por ela para um dos funcionários do parque.

Memorial Glade na Memorial Plaza

Muita gente não sabe, mas existe um novo monumento em homenagem aos mortos em decorrência do atentado.

Estamos falando não das vítimas do atentado em si, mas das pessoas que morreram algum tempo depois em decorrência da exposição a poeira presente no sul da ilha.

Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram devida a aspiração de poeira, mas nos dias e semanas seguintes ao atentado, morreram não só paramédicos, bombeiros e policiais, mas voluntários, moradores, alunos e pessoas da equipe de limpeza.

Em homenagem a essas pessoas foi construído o 9/11 Memorial Glade, uma passarela cercada por seis monólitos com ferro e aço retirados dos escombros do antigo World Trade Center.

O Memorial Blade foi inaugurado no dia 30 de maio de 2019, na comemoração de dezessete anos do fim do “período de recuperação” proposto pelas autoridades locais.

Memorial Glade na Memorial Plaza, Nova York
9/11 Memorial Glade (Jin S. Lee)

9/11 Memorial Museum

O 9/11 Memorial Museum é uma homenagem e uma forma de fazer com que futuras gerações saibam o que foi destruído durante os ataques de 11 de setembro de 2001.

O que eu acho mais incrível na experiência de visitar o museu é a capacidade que ele tem de inserir o visitante no contexto do atentado.

Soa cafona dizer, mas com uma mistura surreal de arquitetura, arqueologia e história (e muito storytelling), ele te transporta para aquela manhã de setembro.

O passeio começa enquanto descemos uma longa escada rolante em direção ao subsolo – e você não pode perder a oportunidade olhar, através do teto de vidro, o One World Trade Center lá fora.

Logo depois a gente encontra esse enorme painel feito com as cores do céu de Nova York e Washington DC durante a manhã do atentado:

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Descendo em direção ao museu
"Nenhum dia há de apagá-lo da memória do tempo"
“Nenhum dia há de apagá-lo da memória do tempo”

No meio dos tons de azul tem uma frase do poeta romano Virgil, nulla dies umquam memori vos eximet aevo, ou “nenhum dia há de apagá-lo da memória do tempo”.

O museu é dividido em alas e em quase todas se pode fotografar à vontade, mas existem aéreas mais restritas de audiovisual que sequer segurar o celular é permitido.

Aliás, uma das minhas áreas favoritas não se pode fotografar: uma linha do tempo com todos os acontecimentos do dia, antes e depois dos ataques.

É estranho ir caminhando e ver a programação ao vivo de diversos canais sendo invadida pelo que até então parecia ser um acidente aéreo.

A mesma repórter que no início do dia dizia que um avião comercial tinha se chocado contra um prédio aparece, minutos depois, aconselhando as pessoas a não saírem de casa e a estocar alimentos.

É um passeio que mexe com a gente, principalmente com quem lembra bem dos atentados ou tem uma relação de carinho com a cidade.

Não senti nenhum mal-estar passando pelos escombros, coisa que já aconteceu comigo visitando lugares com propostas parecidas, mas senti um aperto no peito passando pela linha do tempo.

Não sei se foi por ter vivido e acompanhado os atentados em tempo real, mas eu me senti com quinze anos de novo, voltando da escola.

Sugestão de roteiro

É possível dedicar um dia inteiro ao sul da ilha de Manhattan começando pela Memorial Plaza e terminando com um passeio à Estátua da Liberdade.

Uma ótima forma de conhecer toda essa parte da cidade é chegando cedo na Memorial Plaza para conseguir fazer o museu, Battery Park e terminar na Estátua.

Clique nos links para saber o que fazer em cada um dos lugares que aparecem no roteiro:

  • Chegue cedo na Memorial Plaza e comece pelo museu. É possível que você consiga entrar nos primeiros horários do dia, às oito ou nove da manhã;
  • Passeie pela Memorial Plaza. Visite os pontos mais famosos antes de ir em direção a entrada do One World Trade Center. Suba em direção ao observatório;
  • Depois, atravesse a rua em direção ao Brookfield Place. Depois, saia do Brookfield Place pela Marina e caminhe em direção ao Battery Park;
  • Encerre o dia em Battery Park pegando o ferry para a Estátua da Liberdade.

Caso você não esteja hospedado nessa região da cidade, aproveite para pegar o metrô na Oculus, a estação do shopping Westfield World Trade Center.

Onde ficar

Não existem muitas opções de onde ficar hospedado na Memorial Plaza, mas o Club Quarters é uma ótima dica.

Os quartos são simples, mas confortáveis e nem tão pequenos quanto geralmente são os Club Quarters mais novos.

Perto dele existe uma alternativa um pouco mais cara, o New York Marriott Downtown.

Para se hospedar um pouco mais distante dali, vale ficar mais próximo de Battery Park:

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