Sei que é incômodo passar pelos procedimentos de segurança em aeroportos americanos, mas vale lembrar que são procedimentos de segurança, e é de se esperar que um país que tenha vivido o maior furdúncio terrorista dos últimos tempos adote medidas cautelares mais extremas do que outros.
Atualmente existem programas americanos pagos que você pode se inscrever e, uma vez aceito, a experiência de passar pela segurança se torna menos cansativa, mas isso só é interessante para quem faz várias viagens por ano.
Se você quiser ler sobre como embarcar do Brasil para os Estados Unidos, leia esse post.
Agora irei mostrar como é o caminho inverso, ou seja, embarcar nos Estados Unidos em direção ao Brasil.
Tabela de conteúdos
Como passar pela segurança em aeroportos americanos
Primeiro, vale dizer que a segurança em aeroportos americanos não é imigração ou alfândega, segurança é quando você comprova que você é quem você diz ser, ou seja, o dono da passagem.
Passar pela segurança é uma checagem final que acontece logo depois de fazer o check-in e despachar as malas, quando você caminha em direção ao portão de embarque.
A segurança é dividida em três etapas:
- Apresentar passaporte e passagem;
- Colocar bagagem de mão, calçados, cintos, relógios e qualquer objeto dos bolsos na esteira de raixo-x;
- Passar pela revista eletrônica que pode ser através de raio-x tradicional ou scanner corporal.
Nem sempre acontece, mas é comum ver cachorros farejadores ou ter um produto invisível pincelado nas mãos que acusa presença de pólvora.
Você pode se recusar a passar pelo scanner corporal, mas nesse caso você passará por uma revista manual minuciosa enquanto a fila atrás de você não para de crescer.
Dicas para passar pela segurança em menos tempo e com menos incômodo
Se você não é um passageiro frequente que faz parte do programa TSA PreCheck, você irá passar pelo menos perrengue que todos passam.
Na verdade, crianças menores de 12 anos já não precisam tirar os sapatos ao passar pelo raio-x, mas em linhas gerais o processo é o mesmo.
Tenha passagem e passaporte e mãos
O segredo é colocar a passagem entregue no check-in na página de identificação do passaporte, aquela que mostra o seu nome e foto.
Em trechos internos você pode usar carteira de identidade ou documento de habilitação, mas é claro que isso não irá ajudar a diminuir o tempo de fila, pelo contrário, você precisará mostrar o que é e onde olhar cada informação necessária.
Coloque líquidos em um saco lacrado transparente
Lembre-se que líquidos só são permitidos em embalagens que comportem menos de 100 ml.
Você não pode levar o restinho de seu shampoo predileto em sua embalagem original, é necessário usar embalagens de viagem.
Assim que chegar a sua vez de passar todos os pertences pela esteira, não se esqueça de tirar a sua sacolinha transparente de dentro da mochila e colocá-la em uma bandeja junto com seus outros pertences.
Use sapatos fáceis de calçar
Será que as pessoas ainda usam fundos falsos em sapatos com salto para transportar drogas? So last season!
Enfim, saiba que sapatos, mesmo que sejam chinelos, devem ser retirados antes de passar pelo raio-x. Isso significa que botas e tênis de cano alto difíceis de serem tirados irão dificultar e atrasar o seu processo de embarque.
Nada no bolsos
Carteira ou celular, plástico ou metal, não importa, tudo deve sair dos bolsos ao passar pelo raio-x.
A dica é ter um porta “produtos essenciais” para não precisar sair catando seus pertences depois. Isso diminui o tempo de espera de quem precisa aguardar o sujeito da frente abrir espaço para o próximo da fila.
O mesmo para camadas desnecessárias de roupa: você jamais precisará tirar calça, camisa ou meias, mas camadas superiores, como casacos e moletons, também devem ser tirados.
Cuidado com os eletrônicos
Não são exatamente todos os eletrônicos que devem ser tirados de cases e mochilas, mas computadores precisam passar pela esteira em bandejas separadas.
Tirar todos antes que peçam para que você o faça é de uma praticidade sem limite.
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Boa noite Thiago;
Gostaria de saber algo simples.
Uma pessoa que teve anotado no seu visto B1/B2, concedido para 1 ano a especificação: To Orlando, Fl., ao chegar em Orlando e cumprir os seus dias de parque, pode voar para MN e voltar por Orlando? De Orlando para MN passa por imigração ou é considerado voo doméstico?
Grata pela atenção.
Aguardo retorno.
Olá Alessandra, sim, é considerado voo doméstico. Algumas vezes são feitas anotações no visto, mas ele é válido para todo o território americano durante o período em que ele é válido.
Virei fã do seu blog, tem muita informação e bem direto, são dicas muito úteis e com certeza vou usar antes, durante e depois da viagem.
Sou deficiente auditivo e uso implante coclear, não tenho nenhum problema de fala, que é 100% normal. Mas não posso passar pelo detector de metais e pelo raio-x só posso passar se eu tirar o aparelho que fica na orelha e sempre carrego a bateria no meu bolso.
Como proceder na segurança dos aeroportos americanos?
Grato!
Olá Victor, que bom que gostou do blog! Tive que procurar o que é um implante coclear. A primeira dica é: da mesma forma que eu desconhecia, as chances dos agentes de fronteira desconhecerem também são grandes, por isso, explique. Implante coclear em inglês é “cochlear implant”, vale inclusive levar algo escrito, assim você pode justificar a seu desejo de não passar pelo detector de metais.
De qualquer forma, descobri também esse blog aqui http://turnonmyears.blogspot.com.br/2010/04/airport-travel-with-cochlear-implant.html onde a autora fala da experiência dela viajando com um filho pequeno com o mesmo implante. Leia, é interessante. Ela diz que nas pesquisas que fez descobriu que a maioria das pessoas passam pelo detector sem nenhum problema, alguns reclamam de um zumbido apenas. Disse que os agentes da TSA parecem estar preparados para situações como essa e eles mesmos preferem trocar o detector de metais por uma exame manual.
Ah, e isso são as instruções da TSA para passageiros com audição reduzida: http://www.healthyhearing.com/content/articles/Hearing-aids/Fitting/47668-Hearing-aids-airport-security
Enfim, tudo vai dar super certo! ;)
Obrigado, certamente será tranquilo, já passei pelo “full body pat down” parecido aqui nos aeroportos brasileiros, mas imaginei que o procedimentos nos aeroportos americanos seria bem mais rigoroso, como de fato é. Se sou eu mesmo, não há nada que temer.
Olá, conheci o blog hj e estou viajando nos posts.
Em novembro vou a NYC e tenho uma duvida em relação a medicamentos, como devo levá-los?
Olá Deise, medicamentos são despachados normalmente, exceto aqueles que você faz uso durante o voo. Se você precisa de seringas ou líquidos, é bom levar uma receita também.
Olá, Thiago.
Sempre acompanho seu blog e adoro suas dicas. Queria tirar uma dúvida. Em outubro vou a Disney com meu filho de 5 anos e sempre que viajo com ele levo um arsenal de carrinhos, aviões, papel e lápis de cor, e coisas do tipo para que ele se distraia na viagem. Como é a primeira viagem que faço com ele para os USA fiquei na dúvida se devo ou não levar esse tipo de brinquedo. Será que teríamos problema no aeroporto?
Beijão e boas viagens sempre,
Simone
Oi, Thiago.
Acho que só posso dar uma dica para passar com tranquilidade pelos controles de segurança dos aeroportos americanos: siga as regras!
Brincadeiras à parte, ano passado não tivemos problema algum com os nossos embarques. Fazíamos como vc indicou: colocávamos a passagem na página do passaporte que tem nossos dados, ao nos aproximarmos do raio X já tirávamos os sapatos, não carregávamos nada nos bolsos, vidrinhos de xampu e afins foram nas malas despachadas…
Pra não dizer que foi tudo absolutamente perfeito, no embarque de Minneapolis pra Orlando tivemos que abrir a mala e tirar o playstation pra inspeção. Mas até isso foi tranquilo. Quando a mala passou no raio X, chamaram a chefe da segurança, ela nos pediu pra abrir a mala, nós tiramos o video game e a mala passou de novo no raio X. Enquanto isso, a gente conversou com ela e esclareceu que todo equipamento com componentes eletrônicos (e não só notebooks, como pensávamos) tem que passar separado. Aí no voo de Orlando pra Porto Alegre já levamos o playstation separado e passamos sem problemas.
Quanto aos scanners de corpo (aqueles que são criticados pq a gente fica “peladão”), só passamos por eles nesse último trecho da viagem, já voltando pra casa, e tb foi mega tranquilo.
Alice
PS: pra mim, o mais estranho mesmo foi o embarque no Panama pra Orlando, quando foi feita revista manual de todos os passageiros, inclusive bebês de colo…
Oi Alice! A última vez que viajei com um grupo, fizemos conexão em Tampa e a moça disse que “iPads” poderiam continuar dentro das mochilas, mas em Nova York pediram que tudo fosse tirado. Enfim, parece ser de veneta, não é?