O não é o que o Cirque tem de mais diferente, mas é o que tem de mais grandioso. É uma versão futurista da essência de um ótimo espetáculo do Cirque du Soleil – mas para os amargos como eu não passa de um punhado de gente pulando na piscina.
Criado em 2008 e com mais de seis mil apresentações, O é o show mais premiado de Las Vegas: são dois prêmios internacionais, oito nacionais e um para Flow, o documentário sobre o seu processo de criação.
O Bellagio foi uma ótima escolha para receber a apresentação mais tecnológica do Circo – em vários aspectos ele é tão grandioso quanto ele: muito bonito, muito grande, muito imponente e ai de quem não se embasbacar assim que passa pela porta.
“O” é o som da pronuncia de “eau”, que é água em francês. O espetáculo é impecável em todos os momentos, justamente o que não me agrada em um Cirque du Soleil. Seu grande diferencial, e que vale o ingresso, é levar a impecabilidade para um outro patamar: a impecabilidade na água. Todas aquelas apresentações performáticas irritantemente simétricas ganham um charme todo especial quando feitas em um picadeiro que hora é palco, hora é água.
A piscina, com vários diferentes níveis de profundidade, foi construída sob o palco e tem um inteligente sistema de tubos e túneis que faz com que quem entra por ela possa sair por um outro lugar longe dos olhos da plateia. Os artistas, que se tornaram mergulhadores profissionais, possuem vários pontos de acesso que possibilitam que eles respirem embaixo d’água.
Dizem que quem senta no balcony, a parte alta do teatro, sacrifica parte da magia do espetáculo porque enxerga tudo que acontece no palco, mesmo que muitas vezes aqueles são os únicos assentos disponíveis ou com preço acessível: não perca seu tempo tentando chorar preço – se não quer, tem quem queira (e eles estarão enfileirados esperando que você desista).
O que é monótono e quase virginal são as apresentações dos palhaços que intercalam os grandes números – Deus, que coisa loooonga e cansativa.
Diferente de provavelmente qualquer outro espetáculo na cidade, O é o show que você deve comprar com o mínimo de antecedência. Comprar pela internet parece ser sempre a opção mais cara, mas não são poucas as pessoas que viajam para Las Vegas com o objetivo principal de assisti-los no Bellagio. Se você é uma delas, não cometa a loucura de tentar comprar seu ingresso na boca do caixa: garanta o seu o quanto antes e pegue-o na bilheteria.
Se você é do tipo apaixonado pelo Cirque e descorda de tudo que penso sobre eles, não deixe de ir ao O, o espetáculo mais Cirque du Soleil dos que se tem notícia. Ô, se é.
O
No Bellagio, entre U$ 110 e U$ 180
Geralmente 19:30 e 22:00. Sem apresentações nas segundas e terças
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Oi, Thiago! Eu fui a Las Vegas em 2009 (acho que já comentei em outra postagem) e escolhemos ver “Love” e “O”. Achei que foram duas ótimas escolhas. E, ao contrário do que vc falou, nós sentamos lá em cima e não nos decepcionamos com “perda da magia”. Fora isso, concordo com quase tudo que vc falou. O espetáculo é grandioso e impressiona justamente por toda a movimentação do palco-água. E adorei os palhaços!!!
Mas “Love” ainda foi o mais emocionante pra mim! Umas duas vezes, fiquei com lágrimas nos olhos e a garganta presa, e no final chorei de soluçar. Claro que tem muito a ver com a trilha sonora maravilhosa!!!
Oi Alice, bom você falar isso da parte de cima da plateia!
Cirque é ótimo! Lembro da minha viagem pra Michigan em 2008, lá estava em cartaz o espetáculo “Saltimbancos”. Que aprensentação! Como você mesmo mencionou no texto: impecável.
Abraço, Thiago!