Vamos falar sobre a linda Laguna Cejar, o mar morto do Chile, onde a gente mergulha e não afunda! Esse é o último relato do Igor, meu amigo que mandou todas as dicas sobre esse e outros três passeios incríveis no deserto do Atacama.

Eu fiz os meus comentários ao longo do post, mas agradeço a ele mais uma vez por ter sido quem colocou as mãos na massa.

Lembrando que os meninos não ficaram no Sumaj Jallpa, ficaram no La Casa de Don Tomás e gostaram muito.

Atacama: Monjes de la Pacana e Salar de Tara

+ Atacama: Geyser del Tatio e Machuca

+ Atacama: Valle de la Luna e Valle de la Muerte

Laguna Cejar e Laguna Tebinquinche

Como eu disse ali em cima, Laguna Cejar é o mar morto do Chile com quase 400g de sal por litro d’água. Esse é um passeio geralmente feito na segunda metade do dia, então é provável que você faça um outro passeio antes dele.

Vou passar a palavra para o Igor, mas antes quero deixar dois posts essenciais para quem está programando uma viagem ao Atacama:

+ San Pedro de Atacama: primeiras impressões

Qual o melhor seguro de viagem para o Chile?

Qual o melhor chip de viagem para o Chile?

Laguna Cejar

Laguna Cejar no deserto do Atacama

Laguna Cejar e Laguna Tebinquinche: vale a pena?

Para o último dia no deserto resolvemos fechar um passeio no período da tarde e conhecer as lagunas de sal. Começamos pela Laguna Cejar, uma lagoa com concentração surpreendente de 400 gramas de sais por litro d’água, o que te faz boiar e dificulta muito qualquer tentativa de mergulho.

Nota do blogueiro: para efeito de comparação, normalmente quando a gente entra na água da praia são 35 gramas de sais por litro d’água.

Vale uma atenção especial para quando você estiver se aproximando da margem: os guias dão instruções de como entrar de maneira mais fácil, mas como eu não estava prestando atenção acabei cortando o pé em algumas pedras na borda da lagoa.

Fui o único do grupo que conseguiu essa proeza, não se assuste!

Laguna Cejar

Laguna Cejar no deserto do Atacama

A experiência da lagoa em si é bem divertida, exceto pela água que cai no olho ou boca, ela é mais de dez vezes mais salgada do que a água das praias brasileiras.

Por mais que você tente não dá para ficar afundado como em uma lagoa normal, na verdade, nem é aconselhável – parafraseando a dica que o Thiago nos deu, você irá voltar de lá todo cagado.

Nota do blogueiro: gente, não era para ter deixado isso parar aqui…

Depois dessa dica sublime nós levamos algumas garrafinhas extras para nos limpar, mas o guia também tinha um galão com pulverizador, que foi o que salvou a lavoura.

É importante tirar o excesso de sal do corpo e enxugar muito bem pois a água vai evaporar e deixar uma fina camada de sal sobre a pele que coça, e quem coça se corta.

Laguna Cejar

Laguna Cejar

A segunda parte do passeio foi nos Ojos del Salar, uma dupla de lagoas redondas lado a lado em que também é possível entrar e, agora sim, nadar!

O nível da água aqui estava bem baixo, sendo preciso descer umas escadas naturais para chegar ao ponto de entrar na lagoa com segurança.

Alguns malucos arriscaram pular lá de cima, mas nós três resolvemos só observar e tirar algumas fotos.

Nota do blogueiro: quando eu fui o nível da água também estava baixo e todos pularam, inclusive os meus amigos. Era impossível descer sem pular, mas dava para voltar de dentro dela com algum sacrifício. Eu fui basicamente o único que não pulou.

Ojos del Salar

Ojos del Salar

Ojos del Salar

Meus amigos curtindo os ojos sem se aventurar muito

Por fim, partimos para ver o pôr do sol em Tebinquince, um salar enorme, mas nada comparado ao Salar de Uyuni na Bolívia, o maior deserto de sal do mundo.

Em Tebiquince dá para andar bastante e ter a impressão que estamos andando em um deserto de neve de tão branco que é o chão – com exceção de que essa neve é bem salgada e dura!

O passeio inclui um lanche e drinks com direito a um belíssimo pôr do sol no meio do deserto.

Tebinquince

Tebinquince

Em Tebinquince é salar para perder de vista

Tebinquince

Bem no fim de Tebinquince tem um espelho d’água que ainda não evaporou por completo, por isso a gente consegue pegar o sal assim, nas mãos

Tebinquince

Lanchinho e drinks para ver o pôr do sol

Tebinquince

Se despedindo do deserto em Tebinquince

No caminho de volta para o hotel consegui perceber a imensidão do céu estrelado de uma noite no deserto. Estava quase achando que era mito, mas o Atacama esperou o último dia para nos brindar com uma overdose de estrelas contra um céu azul escuro.

E aqui termina o meu relato em quatro posts sobre esses três dias maravilhosos pelo deserto chileno. Se ficou alguma dúvida ou se você tiver qualquer comentário sobre essa experiência incrível, compartilhe com a gente aqui e vamos falar sobre o Atacama.

Obrigado, ótimas viagens e até a próxima!

Outras dicas do blog para programar a sua viagem:

  Já sabe onde ficar no deserto do Atacama? Eu fiquei no Sumaj Jallpa, mas queria ter ficado no Quinta Adela que tem uma infra melhor.

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