Lembra que convidei meu amigo Igor para falar sobre os passeios que ele fez no deserto do Atacama? Então, agora ele vai falar sobre um que as pessoas geralmente gostam mais, que é Geyser del Tatio e suas águas termais.

Lembrando que o Igor e as meninas não ficaram no Sumaj Jallpa, ficaram no La Casa de Don Tomás e gostaram muito!

+ Atacama: Monjes de la Pacana e Salar de Tara

Geyser del Tatio e Machuca

O passeio que leva a Geyser del Tatio é um dos mais sacrificantes porque além de causar enjoo a gente precisa acordar bem cedo, geralmente a van começa a passar pelos hotéis às quatro da manhã.

Vou passar a palavra para o Igor, mas antes quero deixar dois posts essenciais para quem está programando uma viagem ao Atacama:

+ San Pedro de Atacama: primeiras impressões

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Geyser del Tatio vale a pena?

Para o nosso segundo dia no deserto resolvemos pegar um passeio pela manhã e outro no período da tarde. Escolhemos Geysers del Tatio e Machuca para começar o dia bem cedo, tão cedo que ainda estava escuro e muito frio.

O tour geralmente começa às 4h30 da madrugada e parte rumo a uma região bem elevada, então o conselho mais óbvio é se vestir em camadas: vá colocando roupa sobre roupa de forma que seja fácil eliminá-las ao longo do dia, quando as temperaturas forem aumentando.

Nota do blogueiro: vá preparado para um inverno glacial, mais cuidado com segundas peles que são difíceis de tirar.

Na noite anterior pedimos o café da manhã “pra viagem” e no dia do tour as sacolinhas estavam nos esperando na recepção.

Comemos enquanto esperávamos a van chegar, o que deve ter demorado uns 20 ou 30 minutos.

Acho que fomos um dos últimos hotéis por onde eles passaram, então logo em seguida partimos a caminho de Geyser del Tatio em uma viagem de uma hora e meia, o que foi ótimo para tirar mais um cochilo.

Nota do blogueiro: comigo foi diferente, comecei a passar mal logo na primeira meia-hora de estrada – que é uma subida incessante com poucas curvas. Leve um anti-histamínico para combater o enjoo causado pela altitude.

Chegamos no parque logo ao amanhecer só para ter a chance de ver o nascer do sol no deserto.

As vans chegam primeiro na entrada do parque, onde você paga uma taxa mínima, mas não inclusa, e aproveita para jogar uma água no rosto enquanto morre de frio nos 15 metros que separam a van do banheiro.

Geyser del Tatio

O sol nascendo e a fumaça de Geyser del Tatio

Geyser del Tatio

Olha a neblina causada pelo enxofre subindo e tomando conta do campo

Na altitude em que o parque está a água ferve a 85ºC, o que proporciona uma constante neblina de vapor e cheiro de enxofre no campo inteiro.

Em alguns pontos formam-se águas termais onde é possível nadar, mas mineiro é desconfiado e o frio fez a vontade de tirar a roupa baixar para -15. Resolvemos não arriscar nas termas, mas demos uma caminhada por ali.

Nota do blogueiro: os meus amigos entraram, mas eu estava tão enjoado, mas tão enjoado que não consegui sequer tirar uma foto deles.

Geyser del Tatio

Juliana Rotenberg

Roupa típica de um passeio nos geysers

Logo depois do sol nascer ouvimos algumas explicações do guia sobre o local ter sido uma área de testes para a criação de uma estação geotérmica que acabou não vingando.

Depois disso é servido o café da manhã em que o leite e a água são fervidos no chão pela temperatura da água.

Foi inusitado ver o nosso motorista resgatar as caixinhas de leite de um buraco esfumaçado:

Geyser del Tatio

Olha o pessoal nadando nas água termais…

Geyser del Tatio

… a Ju só olhando

Geyser del Tatio

… e o guia esquentando o leite!

Geyser del Tatio

Café da manhã da Turistur!

O tour segue descendo as montanhas, parando algumas vezes para recebermos explicações e tirarmos fotos com lhamas.

Aliás, hoje já não lembro a diferença entre alpaca, lhama e vicunha que o guia fez questão de explicar umas duzentas vezes, sendo que metade delas foram exclusivamente para mim.

Passamos pelo vilarejo de Machuca, um pequeno povoado com menos de trinta casas e, desconfio eu, cerca de dez habitantes ou menos.

Dentre banheiro pagos, tendas de artesanato, lanchonete com o pastel frito mais cheiroso do deserto e uma família oferecendo para tirar fotos com a lhama (ou seria alpaca?) de estimação, não havia muita coisa pra fazer por ali, a não ser absorver aquela cultura toda.

Demos mais uma caminhada pelo local, mas ninguém animou de subir um pequeno morrinho para visitar a igreja de Machuca – a lembrança do dia anterior, em que passamos mal após subir algumas dunas no Salar de Tara, ainda estava muito fresca em nossa memória.

Machuca

O povoado de Machuca

Provavelmente esse é o tour que mais irá te castigar fisicamente: tem que acordar cedo, é muito frio e o cheiro de enxofre pode ser enjoativo, mas foi um dos lugares mais legais da viagem.

Quem já conhece algum outro geyser pode optar por outro passeio, mas se você ainda não passou por essa experiência vale a pena o sacrifício.

No próximo post conto como foi o tour pelos Valles de la Luna y de la Muerte, depois fecho a série com uma tentativa de mergulho na Laguna Cejar.

Se você quiser dividir suas dicas ou contar como foi sua visita ao Geyser del Tatio é só deixar um comentário aqui embaixo.

Outras dicas do blog para programar a sua viagem:

  Já sabe onde ficar no deserto do Atacama? Eu fiquei no Sumaj Jallpa, mas queria ter ficado no Quinta Adela que tem uma infra melhor.

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