O transporte público em Melbourne é uma daquelas coisas que faz a gente perceber o quanto esse nosso país ainda tem chão pela frente: a qualidade é incrível, a segurança é nota mil e o sistema integrado tem quase 400 linhas locais e intermunicipais de ônibus, bonde e trem.
Existem algumas falhas estranhas, como por exemplo a necessidade de se passar pelo centro antes de ir de um subúrbio para o outro, mas isso dificilmente será um problema para turistas.
Principalmente para turistas que se hospedam no centro – depois que eles inauguraram o novo sistema noturno de transporte público eu já não reclamo de mais nada!
Tabela de conteúdos
Como se locomover em Melbourne
Mesmo que os locais reclamem, o transporte público de Melbourne é um dos maiores e mais eficientes da Austrália, e turistas dificilmente irão encontrar defeitos (a verdade é que ele é bem prático para quem não mora a quilômetros de distância do centro).
Composto por uma rede de ônibus, uma rede de bondes e uma rede de trens, ele consegue eliminar a necessidade de carro para quem anda com um celular com internet que te permita traçar trajetos, assim você sabe exatamente como ir e quais as melhores linhas.
Aliás, melhor do que o Google Maps é usar o journey planner do PTV, o site do transporte público de Victoria, o estado de Melbourne.
Nele você joga os dados de origem e destino e descobre rapidinho todas as formas de se chegar onde deseja, inclusive quando há alguma paralisação momentânea.
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Como usar o Myki, o passe integrado
Para usar o transporte público de Melbourne você precisa de um Myki, o cartão pré-pago que dá acesso aos ônibus, bondes e trens.
Uma vez carregado, basta tocar na entrada e saída de cada trajeto que ele calcula qual valor será debitado por aquela viagem.
Você pode carregar o seu Myki pela internet ou em um totem como este que fica próximo do embarque em estações de trem e bonde, mas quem tem Android consegue baixar o app com a versão digital do passe.
Se você pretende usar transporte público de forma ilimitada existem carregamentos especiais de 7 dias ou mais, mas de maneira geral acredito que para turistas o melhor negócio é carregar um cartão à medida que você o usa.
Vale a pena registrar o seu Myki online para que você possa não só bloqueá-lo em caso de perda, mas autorizar o crédito automático através do seu cartão de crédito sempre que o valor estiver chegando próximo do fim.
Quanto custa transporte público em Melbourne
Sempre que você faz o touch in e o touch out, ou seja, sempre que você marca o momento de entrada e saída de um trajeto realizado, o sistema calcula e debita o menor preço de acordo com as viagens que você fez no dia.
Atualmente, para rodar livremente por até duas horas dentro das zonas 1 e 2, o maior preço pago será 4,60 dólares tanto em ônibus, trens e bondes.
O preço máximo que você irá pagar para se locomover de forma livre no dia será 9,20 dólares.
Porém, lembre-se: para não precisar fazer cálculos ou correr o risco de comprar bilhetes desnecessários, a dica é colocar um determinado valor no Myki e fazer o touch in e touch out em cada trajeto.
Assim o sistema faz os débitos e créditos automaticamente no seu cartão à medida que você o usa ao longo do dia.
Como usar o transporte público de Melbourne
Já em posse do seu Myki, ou da versão digital dele, vamos falar um pouquinho sobre cada meio de transporte de Melbourne.
Inclusive quero falar da linha exclusiva de ônibus executivo que liga o aeroporto ao centro (valor fixo, não entra no Myki).
Só vou deixar de fora os meios complementares de se locomover em Melbourne, como o aluguel de bicicletas e o compartilhamento de carros, que funciona exatamente como o compartilhamento de bicicletas e patinetes no Brasil: você entra e sai de carros disponíveis em uma determinada região da cidade.
Como ir para o aeroporto de Melbourne
Diferente de Sydney o metrô não vai até o aeroporto, mas para isso a cidade oferece o Skybus, uma linha exclusiva que vai do aeroporto à estação Southern Cross (na região central) de forma ininterrupta, a espera máxima nunca é maior do que meia-hora.
São 34 dólares pelos dois trechos (quando comprados pela internet) e inclui um shuttle para doze hotéis no centro de Melbourne, incluindo o apartamento onde fiquei hospedado (que é incrível, diga-se de passagem).
O serviço expresso para o centro de Melbourne é 24h e funciona todos os dias da semana, mas os serviços para St Kilda e Docklands funcionam em horário comercial, entre seis da manhã e sete da noite.
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Como usar os bondes de Melbourne
Andar de bonde é a forma mais popular de se virar em Melbourne, que tem a maior frota de bondes do mundo e a rede mais extensa, supera até a Holanda: são 250 quilômetros de trilhos, quase 500 bondes e duas mil paradas pela cidade.
Bem, agora prepare-se para não acreditar em mim: é gratuito.
Juro, você não paga nada por isso. Bem, desde que você ande dentro dos limites do centro, mas, sim, no centro de Melbourne o transporte público é gratuito!
Chupa, mundo.
Como usar os trens de Melbourne
Glória que agora existe esse novo sistema noturno: o trem que antes funcionava apenas entre cinco da manhã e meia-noite agora é continuo nos fins de semana, ele só fica um pouco mais escasso entre meia-noite e cinco da manhã.
São 16 linhas de superfície e a deliciosa City Loop que é circular e ao redor do centro.
Os trens de Melbourne funcionam de forma “commuter” e não de trânsito rápido, como é em Londres ou Nova York. Isso significa que o objetivo do trem não é fazer com que as pessoas se desloquem pela cidade: em Melbourne os trens sempre saem de um ponto central com destino a um subúrbio.
Entendeu?
Resumidamente, o objetivo é ajudar as pessoas a saírem da cidade e não passear por ela (esse seria o objetivo dos bondes).
Para quem quer viajar para cidades próximas e não apenas ir em direção aos subúrbios existem diversas linhas que saem da Southern Cross, aquela estação gigante de onde saem os ônibus para o aeroporto.
Antes de me despedir, lembrei de uma história curiosa: já cometi vários erros usando transporte público na Austrália, mas nada que um “desculpe, seu guarda” não resolvesse.
Já uma amiga, em seu primeiro dia na cidade, resolveu por os pés na cadeira da frente e, bam!, foi multada por um guarda que estava na estação e olhou para ela quando o bonde passou por uma de suas paradas.
Ou ela pagava 70 dólares ali, na hora, ou o dobro se esperasse o boleto chegar pelo correio – e parece que ela optou por pagar o boleto só para saciar minha curiosidade jornalística: chegou mesmo, dois dias depois.
Outras dicas do blog para programar a sua viagem:
Já sabe onde ficar em Melbourne? Fiz duas listas com as melhores opções de onde ficar nos arredores da Flinders Station, para quem curte cidade, e em St Kilda, para quem curte praia. Eu fiquei no Somerset e recomendo!
Não sabe o que fazer na Austrália? Fiz uma lista com as principais atrações, city tours e passes turísticos para você economizar nas entradas, está tudo aqui.
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