Calma, já vamos começar a falar sobre o Salar de Tara e como pode haver um lago azul tão bonito no meio do deserto mais seco do mundo, mas antes preciso apresentar o meu amigo Igor que escreve sobre lá.

Convidei o Igor para escrever sobre a sua viagem ao deserto do Atacama e falar sobre os passeios que ele e as duas meninas mais lindas de Curitiba fizeram em janeiro de 2016.

Depois desse, Igor ainda escreve outros três posts com imagens assinadas pelos três, até porque a câmera foi compartilhada irmamente entre eles ao longo da viagem.

Lembrando que os meninos não ficaram no Sumaj Jallpa, ficaram no La Casa de Don Tomás e gostaram muito!

Enfim, com vocês, o primeiro post do Igor e o meu passeio favorito no deserto do Atacama: Salar de Tara!

Monjes de la Pacana e Salar de Tara

Geralmente Monjes de la Pacana e Salar de Tara são dois passeios distintos feitos em um mesmo pacote, ou seja, são feitos em sequência e valem como um só.

Vou passar a palavra para o Igor, mas antes quero deixar dois posts essenciais para quem está programando uma viagem ao Atacama:

+ San Pedro de Atacama: primeiras impressões

Qual o melhor seguro de viagem para o Chile?

Qual o melhor chip de viagem para o Chile?

Deserto do Atacama

Estrada para o Salar de Tara

Monjes de la Pacana e Salar de Tara: vale a pena?

Foi mais ou menos assim que começou a história do fim de ano mais inusitado e divertido da minha vida. Já tínhamos combinado de passar a virada juntos, mas, apesar do plano original envolver Londres, pouco tempo depois já estávamos com as passagens compradas para Santiago e San Pedro de Atacama.

Chegando no deserto do Atacama conseguimos fechar todos os passeios no primeiro dia. Tentamos procurar ferrenhamente a loja da Grado 10, como o Thiago indicou, mas acabamos fechando tudo com a Turistour.

Os caras são bacanas e todo o processo de entender quais os passeios disponíveis, encaixar os melhores horários e dias, agendar e pagar não demorou mais do que 40 minutos.

Licancabur e Hulriques

Meu trio de amigos correspondentes: Nataly, Igor e Juliana

Conseguimos colocar o tour mais comprido no primeiro dia, dois tours no segundo dia, descansar no terceiro dia e fechar a tarde do terceiro dia com um último tour.

Começamos no dia seguinte ao que chegamos em San Pedro de Atacama indo aos Monjes de la Pacana e Salar de Tara, justamente o tour mais logo entre os escolhidos.

O pessoal da Turistour nos pegou no hotel por volta das oito da manhã e partimos de van em direção à cordilheira andina.

Confesso que não tinha sido afetado pela beleza do deserto até então, mas quando a van parou para observarmos os vulcões Licancabur e Hulriques (e também durante o lanche no mirante Quepiaco), fiquei impressionado com o que vi, parece uma pintura!

Era muito cedo e muito alto, por isso o frio castigava. A equipe da van levou leite quente e chocolate em pó para ajudar a combater o frio que o espertão aqui fez questão de subestimar, estava com uma única blusa não-tão quente.

Licancabur e Hulriques

Meus três amigos e dois dos vulcões mais famosos do mundo: Licancabur e Hulriques

Hulriques

Embasbacado com o Hulriques

Mirante Quepiaco

E esse é o Mirante Quepiaco

Foi quando percebemos que as nuvens estavam aos pés dos vulcões, formando um “mar” branquinho e fofo na região da fronteira com a Bolívia. De acordo com a guia Julieta isso não acontecia desde quando ela começou a trabalhar na empresa, há mais de quatro anos.

Julieta explicou que o caminho até os Monjes de la Pacana, que também é a fronteira entre Chile e Bolívia, é recheado de minas terrestres, colocadas na época em que ambos os países estavam em guerra.

Ninguém ousa tentar tirá-las porque as areias do desertos podem ter disfarçado a localização de algumas delas.

Monjes de la Pacana é uma região bem desértica, com dunas de areia e imensas pedras curiosas, formadas pela ação dos ventos ao longo dos anos.

Fizemos uma caminhada de cerca de 20 minutos, para tirar fotos e observar maravilhados a beleza do lugar:

Monjes de la Pacana

Monjes de la Pacana

Monjes de la Pacana é quase tão legal quanto o Salar propriamente dito

Antes de chegarmos ao Salar de Tara propriamente dito a van passou por um ponto estratégico para que pudéssemos fazer xixi (muito importante!) e seguir alguns metros a pé.

Esse foi um dos caminhos mais bonitos da viagem, pois você começa em um ponto alto, com uma paisagem bem desértica, e vai descendo por um caminho com vegetação rasteira até ver o salar: uma imensa lagoa repleta de animais indecifráveis dentro dela.

Chegando mais perto a paisagem vai se enchendo cada vez mais de vida e podemos notar a quantidade assustadora de flamingos e lhamas (ou seriam alpacas?) que vivem ali.

Dá pra chegar bem perto dos animais, mas a orientação é para não pisar na área verde que envolve a lagoa, evitando qualquer dano a um ecossistema que já é frágil por natureza.

Monjes de la Pacana

Selfie no deserto: Ju e Igor

Salar de Tara

Ju e Nataly caminhando em direção a foto…

Salar de Tara

… e um festival de alpacas!

Salar de Tara

Olha o famoso Salar de Tara aí!

Na viagem de volta, quando passávamos novamente pelas região das dunas, nossa van não conseguiu subir alguns pontos, então descemos e fizemos uma caminhada leve enquanto o motorista procurava um caminho mais fácil para voltar até a região mais alta, com acesso à estrada.

A temperatura não estava tão elevada, mas esse foi o momento em que mais senti o poder da altitude: pode ter sido falta de preparo físico também, mas ao fim da caminhada, quando já estávamos de volta a van, senti corpo e cabeça bem pesados.

O chá de coca rolou solto enquanto voltávamos para o hotel.

Salar de Tara

Quando a van atolou tentamos até pedir socorro para os carros que passavam, mas foi em vão

Nos próximos posts vou falar sobre acordar de madrugada no frio no deserto, sobre os vales mais famosos do Chile e fechar essa série com um mergulho em lagos de sal.

Enquanto isso o Thiago fala um pouquinho sobre como foi a experiência dele:

Com a palavra, o blogueiro

Pronto, agora sou eu falando novamente! Igor, obrigado pelo papo, mandou muito bem na descrição, mas preciso dizer três coisas importantes com relação ao Salar de Tara, que não é o passeio mais popular, mas deve ser o mais bonito!

Primeiro, se você tiver que escolher um único passeio para fazer de forma privada, escolha o Salar de Tara: chegar é apenas parte da aventura, o caminho de ida e vinda é ainda mais incrível.

Quando se está sozinho, ou com o seu grupo de amigos, passar por Monjes de la Pacana, a região das pedras, é muito mais interessante.

Lembro que com os meninos nós fizemos um verdadeiro rally, parecia um passeio de buggy nos lençóis maranhenses, sensação incrível!

Salar de Tara

Ju mostrando que tem ela e muita coisa bonita em Tara

Segundo, vale dizer que a van não ter força para subir já era esperado, aquele lugar não foi feito para vans – e devo dizer também que a única vez que usei Turistour a van também quebrou e ficamos quase uma hora esperando pelo resgate, quase perdemos o pôr do sul no Valle de la Muerte.

Eu fiz o meu tour no Salar de Tara com a Grado 10 em uma Land Rover com três amigos e um casal do sul que topou entrar para baratear o preço.

Terceiro, fiz o passeio contrário a esse do Igor: comecei logo pelo Salar de Tara e terminei o meu dia passando pelos lugares que ele citou no início.

O ponto positivo que isso traz é ser o primeiro no salar – e quando você estiver saindo os grupos estarão começando a chegar.

Outras dicas do blog para programar a sua viagem:

  Já sabe onde ficar no deserto do Atacama? Eu fiquei no Sumaj Jallpa, mas queria ter ficado no Quinta Adela que tem uma infra melhor.

  Já contratou seguro de viagem? Seguro é essencial, principalmente em tempos de Covid! O comparador Seguros Promo oferece pelo menos 10% de desconto para leitores do blog e ainda parcela no cartão!

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1 COMMENT

  1. O Salar de Tara é fantástico. Faz menos de duas semanas que estávamos lá :)
    Só acrescentaríamos uma coisa: como é um dos passeios com maior altitude, é melhor deixar pra ser feito nos últimos dias por lá, assim já se está aclimatado com a altitude e os riscos de se passar mal (dor de cabeça e enjoo) são beeeem mais baixos – embora isso dependa de cada um!