12 coisas que aprendi viajando para fora (e que vão ajudar você)

Depois de quase vinte anos viajando muito, e para todo tipo de destino, descobri que nem todos conselhos que ouvi foram realmente úteis.

Claro que já ouvi muita dica de quem me ama, mas, na prática, conselho de pai ajuda muito pouco nessas horas.

Foi por isso que eu, um viajante que depois de muita tentativa e erro aprendeu na marra a se virar sozinho, escrevi essa lista com doze conselhos práticos para quem está prestes a viajar e quer minimizar as chances de enfrentar perrengue.

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12 coisas que aprendi sobre viajar sozinho

Para viajar sozinho a gente precisa reduzir ao máximo as probabilidades de enfrentar perrengue.

E para isso o segredo é um só: organização, planejamento e margem de segurança.

Com essas três dicas prometo que você vai se dar muito bem, mas tenho outras nove para minimizar ainda mais a probabilidade de perrengue:

Planejamento é tudo

Não aposte no romantismo das viagens sem rumo: não é todo mundo que tem a sorte e o jogo de cintura dos mais experientes.

Saber o que será feito em cada dia de viagem não engessa nenhum roteiro, pelo contrário, só abre novas oportunidades. Por isso, saiba o mínimo sobre os lugares onde você pretende chegar e aprenda como dizer e escrever o nome de estações, monumentos e pontos turísticos em inglês e na língua local.

Organização também

Tenha uma pasta organizada com as reservas, passagens, notas de pagamentos realizados no Brasil e tudo que deponha a seu favor na hora de pagar o menor preço combinado.

Ou faça como eu e tenha uma pasta dedicada na nuvem com todos os e-mails e pdfs recebidos – só não esqueça de disponibiliza-la também em modo off-line.

Esteja preparado para o erro

Erros acontecem e não há absolutamente nada capaz de eliminá-los, mas quem tem jogo de cintura não sofre por eles – e diferente do que você possa imaginar, jogo de cintura não se adquire com o tempo, mas com organização, planejamento e margem de erro.

Inclusive tem uma palavra capaz de fazer maravilhas por você: antes. Saia antes, acorde antes, chegue antes.

Escolha o gostinho de quero mais

Opte por conhecer novas cidades em um tempo justo, sem medo de deixar estátuas, fachadas e fontes passarem despercebidas.

Para quem não tem objetivos específicos, para grandes cidades bastam quatro ou cinco noites. Para cidades lindas, porém pequenas, uma noite geralmente é mais do que o suficiente.

Lembre-se: saia querendo voltar, nunca contando os minutos para ir embora.

Saiba as palavras mágicas

É impressionante como um “por favor”, “bom dia” ou “com licença” na língua local pode fazer milagres.

De resto, não se preocupe: nos grandes centros turísticos quem não fala inglês não atrai turista e quem não atrai turista não fatura.

Tenha sempre dinheiro vivo em mãos

Não importa quantas pessoas tentem te convencer do contrário, cash é sempre o melhor negócio – só papel-moeda possui 100% de aceitabilidade e liquidez.

Que o tal do cartão pré-pago é uma delícia ninguém discorda, mas às onze da noite em uma estação deserta nada melhor do que o bom e velho dinheiro vivo.

Confira tudo, sempre

Confira o que você deixou exposto no quarto do hotel, o que ficou na mala e o que saiu carregando nos bolsos antes de começar o dia.

Pronto, agora podemos passar para a segunda leva de “confiras”: confira o troco, a conversão e o visor da máquina antes de digitar a senha.

Confira, tudo, sempre.

Em estação de trens, todo cuidado é pouco

Se for possível deixar a mochila para frente, ótimo, faça isso. Jamais ande com carteira no bolso de trás da calça, aliás, bolso de trás foi usado para guardar mapa e nada mais, nunca carteira e celular.

Não é necessário chegar com aquela tradicional antecedência brasileira de quem desconfia de transporte público: a plataforma da qual seu trem irá sair dificilmente estará disponível antes dos quinze minutos finais que antecedem o embarque.

Com ciganas, mal-encarados e todo tipo de pidão, o melhor é mal responder: murmure um “no” com ar de quem não fala inglês e continue seguindo em frente – dar papo e negar dinheiro não funciona em nenhum lugar do mundo.

Dois adaptadores e alguns cadeados

Quem troca de país não pode viajar sem dois adaptadores de energia na mala – não tem nada pior do que ter que escolher entre dormir com o celular na tomada ou qualquer outro periférico que gosta, como fone de ouvido ou laptop.

Sobre cadeados, lembre de não deixar de usá-los no hotel ou albergue – não existe cofre melhor do que uma mala fechada e lacrada.

Para quem vai embarcar em longas viagens de trem, tenha também aqueles cadeados com barbantes de ferro para prender a mala em estruturas fixas – é mais confortável dormir em um vagão e a sua mala em outro quando não há o risco de ser roubado.

Celular com carregador e chip

Nada melhor do que mudar de país e poder usar o celular como se estivesse no Brasil: não existe chocolate-quente no fim do dia que supere o aconchego de um audio ou ligação de vídeo de quem você gostaria que estivesse ali.

Se viajar com um chip que te permita navegar de forma ilimitada é essencial, um celular carregado é igualmente importante; e para isso não há nada melhor do que um carregador portátil.

Seguro de viagem deve ser compartilhado

Documento sigiloso é passaporte e cartão de crédito, seguro de viagem foi feito para ser compartilhado.

Com amigos e familiares que não viajaram é essencial deixar uma cópia dos seus planejamentos de viagem e de sua apólice de seguro, assim você pode ser localizado com mais facilidade e podem acionar o seguro em seu nome.

(sério, essa é a melhor dica que dei até agora, por favor, leia com atenção!)

Camisa da Seleção na mala

Se pintar solidão, já sabe: taca logo uma camisa da Seleção no corpo e esteja disposto fazer novos amigos.

Coração aberto, sempre! Ofereça-se para tirar fotos e peça que tirem a sua. Pergunte de onde você veio, para onde você vai, o que você indica que eu faça?

Sempre digo que celular com internet no conforto do quarto é uma ótima pedida, mas é no lobby que a gente faz as melhores amizades.